Microsoft Teams na Educação: Uma Sala de Aula Digital com Cara de Escritório?

Jornal da Educação

fevereiro 14, 2025

Quando pensamos em educação e tecnologia, geralmente imaginamos plataformas como o Moodle ou o Google Classroom. Mas, nos últimos anos, uma solução que nasceu no mundo corporativo vem ganhando espaço nas escolas e universidades: o Microsoft Teams.

Sim, aquele mesmo Teams que muitas empresas usam para reuniões e chats virou também ferramenta educacional. E não foi por acaso: a Microsoft reformulou o Teams para o ambiente acadêmico e, desde então, educadores e profissionais de TI passaram a enxergá-lo com outros olhos.

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O que é o Teams (versão educacional)?

O Microsoft Teams for Education é uma solução integrada ao Microsoft 365, voltada para escolas, faculdades e universidades. Ele combina recursos de videoconferência, chat, organização de tarefas, distribuição de arquivos, blocos de anotações e integração com o OneDrive e o Microsoft Word, Excel e PowerPoint.

Na prática, o Teams funciona como uma sala de aula virtual, onde professores e alunos podem:

  • Realizar aulas síncronas com áudio, vídeo e compartilhamento de tela;
  • Criar “canais” por disciplina, grupo ou tema;
  • Publicar materiais e atribuições;
  • Acompanhar prazos e notas;
  • Registrar participação e feedback dos alunos.

Tudo isso em um só lugar — o que ajuda muito na organização, especialmente em cursos com muitas disciplinas.


O que dizem os especialistas em educação?

Educadores que usam o Teams relatam ganhos importantes, principalmente no que diz respeito à comunicação com os estudantes e à dinâmica de acompanhamento das turmas. Como o ambiente é unificado, o aluno sabe onde procurar tudo: reuniões, avisos, tarefas e materiais. Isso evita aquela confusão de “o link tá no e-mail, mas o material tá no grupo de WhatsApp e a atividade tá no formulário do Google”.

Além disso, o Teams permite interações em tempo real, o que favorece estratégias como sala de aula invertida, ensino híbrido e tutoria ativa. Educadores com formação para o uso pedagógico da ferramenta conseguem personalizar muito bem suas aulas e aproximar o ensino da linguagem digital dos alunos.

Por outro lado, há também desafios. Especialistas apontam que o Teams, por ter nascido no ambiente corporativo, pode parecer impessoal ou excessivamente “organizacional” quando comparado a AVAs tradicionais. Isso exige que os professores se apropriem da ferramenta com intencionalidade didática — e não apenas a usem como um “Zoom com chat”.


E os profissionais de TI, o que pensam?

Na visão dos especialistas em Tecnologia da Informação, o Teams se destaca por segurança, integração e escalabilidade. Por estar inserido no ecossistema Microsoft 365, ele permite gerenciamento centralizado de permissões, usuários, dispositivos e dados — algo muito valorizado em instituições de médio e grande porte.

Outro ponto forte é a integração com outras ferramentas, como Planner, Forms, Whiteboard, além da própria suíte Office. Para quem administra TI institucional, isso representa menos fragmentação de sistemas e maior controle sobre fluxos de dados e conformidade com normas como a LGPD.

O Teams também é compatível com políticas de Single Sign-On (SSO), o que facilita o acesso dos alunos e permite relatórios administrativos detalhados sobre participação, uso e engajamento — recursos importantes para a gestão acadêmica.


Uma ferramenta útil — desde que usada com propósito

O Microsoft Teams não substitui um AVA completo como o Moodle, mas pode complementar com excelência as atividades síncronas e a comunicação contínua com os estudantes. Quando bem integrado ao currículo e à metodologia da instituição, ele se transforma numa poderosa ponte entre professores, alunos e coordenações.

Na Faculdade IBPTECH, o Teams é utilizado em diversas disciplinas para promover reuniões síncronas, grupos de estudo, atendimentos e conselhos acadêmicos, sempre respeitando o papel pedagógico de cada recurso.


Explorando novas possibilidades

Adotar o Teams na educação não significa apenas usar uma nova ferramenta. Significa repensar a forma como nos conectamos com nossos alunos, como organizamos o tempo da aula, e como tornamos o ambiente digital mais humano e colaborativo.

Com a mediação certa, o Teams deixa de ser “mais um aplicativo de reunião” e passa a ser um espaço de troca, construção e acompanhamento real da aprendizagem.

Se você ainda acha que o Teams é “só para empresas”, talvez seja hora de abrir o app com outros olhos.